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Basílio 177

O Paisagismo

17 of junho of 2024

O paisagismo do futuro

O dono do principal escritório de paisagismo focado nas plantas da mata atlântica, Ricardo Cardim, projetou todas as áreas verdes do empreendimento. Biólogo e paisagista, ele define o Basilio177 como o caminho da cidade sustentável do futuro.

" No paisagismo, vamos trazer elementos da vegetação nativa, que ocupou o centro de São Paulo há 300 anos atrás, formadas por espécies atrativas aos pássaros, frutíferas raras, e de grande potencial de benefícios ambientais, que impactam positivamente na saúde física e psicológica de todos, além de formar um ambiente muito agradável ao estar e contemplação. Destaques são o grande jequitibá-rosa que será plantado na sua praça central, uma “monumento-verde” que vive séculos, e que poderá ser admirado pelos moradores das suas janelas, e o rooftop, com uma praça suspensa cheia de Mata Atlântica e gramados com uma vista da metrópole de tirar o fôlego".

Ricardo Cardim

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Jequitibá-rosa: o novo protagonista

Dentro do conceito de sustentabilidade aplicada, os usos dos espaços foi ressignificado. A Cardim Arquitetura Paisagística acredita na força da biodiversidade brasileira em todos os projetos que executa para que sejam multifuncionais, inovadores e bonitos. E com o Basilio177 não foi diferente.

No Brasil, 90% da vegetação utilizada para a construção de áreas verdes é estrangeira. Isso não só dificulta a manutenção desses projetos como também não fomenta o estudo e a aplicação da nossa enorme biodiversidade, que é a mais rica do planeta, na arquitetura e, consequentemente, em nosso dia a dia.

Por isso, quando é usada a vegetação nativa regional, o jardim demanda menor manutenção, apresenta consumo de água pertinente ao clima, tende a crescer mais rápido e se torna uma paisagem repleta de vida como pássaros e borboletas. No Basilio177, a estrela é o Jequitibá-rosa. Sua beleza é tanta que além de árvore símbolo do estado de São Paulo e do Espírito Santo, seu nome foi dado a cidades, ruas e palácios. É uma espécie ameaçada que pode chegar até 50 metros de altura, trazendo sombra e ar fresco, além da sua beleza monumental. Tolera muito a luz e por isso é usada para revegetação de áreas desmatadas, como já tem sido feito. Sua floração acontece no verão e possui flores da cor creme. Apreciar essa grandiosidade de casa vai ser para poucos.

A praça central do empreendimento vai abrigar uma árvore transplantada com mais de 30 anos de idade, e de uma espécie emblemática da Mata Atlântica: o jequitibá-rosa. Sua importância fez com que o seu nome fosse dado a cidades, ruas e palácios. No passado a espécie foi comum nas florestas que recobriam o atualcentro da metrópole, e hoje ainda pode ser vista na Praça da República e no Pátio do Colégio. Alcança facilmente mais de 300 anos de vida, e um grande porte que vai se tornar um ponto de referência na região, além de permitir ao moradores o convívio com pássaros e sua exuberante copa das janelas.